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DESTAQUES
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VIAJAR É BOM MAS, E OS FILHOS?
O eterno drama: Devemos levar as crianças? Leia nossa opinião. Algumas viagens ou passeios se destacam pelas paisagens, lembranças, cheiros, cores, sabores, sons... Enfim, quando viajamos, todos os nossos sentidos ficam em alerta e nos remetem às sensações
que trazem reflexões que entendemos como importantes ressaltá-las aqui.
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Destaques da Viagem: BUENOS AIRES
Um tempo para o casal: Viajar sem os filhos pela primeira vez... Que desafio!
Buenos Aires é um destino acessível, próximo, agradável e de fácil
comunicação. No nosso caso, o "próximo" foi o fator principal para a
escolha desse destino. Foi a primeira viagem que fizemos sem as
crianças. Para lá, foi possível uma viagem de 4 dias, sabendo que se
precisasse voltaria correndo. Meu marido planejou tudo, inclusive o
apoio total da minha mãe e irmãos, tentando tornar o evento mais fácil
para mim.
Fui uma mãe, que só conseguiu voltar ao salão para fazer as unhas para
o aniversário de um ano do primeiro filho, que só deixou a babá
encostar na criança quando voltou a trabalhar e mesmo assim, brigando
quando ela dava o banho nele. Enfim, já dá para perceber que deixá-los
não seria fácil!
As crianças já estavam com 3 e 6 anos de idade. Foi uma boa opção do
período. Muito mais fácil para a mãe, quando se tem dois. Irmãos querem
estar juntos e sinceramente, a cada dia me convenço mais que desde que
eles estejam juntos, tudo bem para os dois. Mesmo assim o sofrimento
foi inevitável. Nas semanas anteriores vibrava com a possibilidade de
conhecer um novo destino e sofria por me sentir a pior das mães. Como
me divertir deixando meus filhos? Como eles sobreviveriam sem mim?
O voo para lá foi sofrido, a dor no peito aumentava a cada minuto.
Cheguei ao hotel e a primeira atitude que tive foi ligar para casa...
não quiseram nem me atender. Aos fundos ouvia a farra da família com os
dois. Foram super mega paparicados! Pensei que a saudade ainda não
havia batido, mas os dias se passaram e eles continuaram da mesma
forma: felizes e achando tudo muito normal. Aos poucos fui relaxando,
percebendo que eles viviam sem a minha presença e que existiam outras
pessoas que os amavam tanto quanto eu. Fato: quem mais sofre somos nós,
mães!
Foi uma experiência e tanto! Eu e meu
marido conseguimos fazer coisas simples, que desde de que as crianças
nasceram não fazíamos mais, tipo: acordar juntinhos na hora que
quisesse, assistir algo na TV que não fosse desenho, andar de mãos
dadas pelas ruas... E aos poucos eu o olhava e me lembrava porque tinha
me casado com ele. Voltei a sentir emoções da época do namoro... Como é
bom perceber que amamos aquela pessoa que embora muito próxima e
íntima, parecia tão distante e desconhecida.
Então, super recomendo essas
escapulidas, com 10 recomendações básicas:
- Observe o grau de independência do seu filho. Não apenas se
ele faz as coisas sozinho, afinal, acredite, as avós e tios sabem
ajudá-lo também. Mas se ele consegue se comunicar expressando com
clareza seus desejos e vontades. Isso ajudará bastante a quem ficar com
ele.
- Procure deixá-lo em uma rotina de brincadeiras e coisas que
goste o mais próximo possível da sua rotina diária. Gosto muito de
deixá-los em casa mesmo, com a estrutura que estão costumados. Caso
contrário, uma viagem com avós e tios também pode ser legal! Eles irão
se distrair com tanta novidade. Ou seja, ou em casa, ou com uma
programação intensa de atividades...
- Procure mantê-lo próximo a outra criança. Toda criança quer
estar com outra criança! Se tiver irmãos ótimo. Se não, procure primos
ou amiguinhos. Quando estão juntos, nem lembram dos adultos.
- Comece aos poucos com viagens mais curtas e próximas e
depois poderão ousar o quanto quiserem. Claro, dentro do limite do
abuso de incomodar toda a família.
- Identifique os familiares que a criança tem confiança e
gosta de estar junto. Aquele que quando comunica a viagem, ela já
pergunta com um sorriso safado; vou ficar com a vovó?
- Deixe-o mais livre. Na sua ausência não cobre uma dieta
rígida, por exemplo. Mesmo porque, seus familiares só vão dar comidas
que ele gosta e na hora que ele quiser. Já deixe a sua casa abastecida
de guloseimas ou deixe o dinheiro para que providenciem. Ele vai
associar a sua partida a prazer garantido.
- Dependendo da idade, e hoje eles começam cedo, ensine-o a
usar o Skype. Você se sentirá super bem em sentar em uma mesa de um
restaurante e deixá-lo acompanhar o momento. Ele vai amar ver você
mostrar o seu quarto e os lugares em que está, quando estiver
disponível. E você irá amar ver aquela carinha sorridente e feliz ao
dizer: te amo mamãe!
- Evite escolher destinos e fazer programas que você sabe que
seu filho gosta. Você não ficará feliz, curtindo algo que ele gosta,
sem ele. Viagem para o casal, então programas mais românticos e adultos
e destinos menos interessantes para crianças. Claro!
- Deixe, com fácil acesso, uma listinha da medicação e
dosagem, caso necessário e separe os documentos básicos: identidade,
telefone do pediatra e carteirinha de plano de saúde. Isso irá lhe
tranquilizar.
- Não minta para o seu filho. Converse o tempo todo com ele
explicando que papai e mamãe precisam de namorar e fazer programas de
adultos. Mostre que existem programas que eles não gostam, mas que
vocês gostam, então vão aproveitar para fazê-los. Deixe-o ver que
deixou tudo organizado para que ele esteja bem. O sentimento tem que
ser de cuidado e não de abandono. Essa relação de confiança é super
saudável para toda a família.
Buenos Aires me lembra romance. Foi o renascimento de um casal bem mais
amadurecido e próximo. Então, se ainda não teve coragem de deixar seu
pimpolho, esse é um destino que recomendo! Uma nova relação familiar
irá surgir. Experimente! Além disso, você irá se divertir nas fábricas
de couro, entre sapatos, bolsas e casacos. Não é a combinação perfeita?
Alexandra.
Saiba mais sobre outras reflexões de nossas andanças pelo mundo em nossa página: Destaques