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VOANDO COM CRIANÇAS PEQUENAS

Como evitar turbulências em uma viagem de avião com crianças pequenas. Como decidir sobre estes dois destinos fantásticos? Algumas viagens ou passeios se destacam pelas paisagens, lembranças, cheiros, cores, sabores, sons... Enfim, quando viajamos, todos os nossos sentidos ficam em alerta e nos remetem às sensações que trazem reflexões que entendemos como importantes ressaltá-las aqui.

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Destaques da Viagem: Havaí - EUA

Viagens longas de avião com crianças. Uma grande e prazerosa aventura!


(Aventura desde o embarque!)

Muitas paisagens e acontecimentos caberiam como destaque na viagem que fizemos ao Havaí, mas a que mais rende assunto numa roda de amigos é a nossa disposição em embarcar nessa aventura com uma criança que ainda tomava mamadeira e usava fraldas. E o pior... que iria andar de avião pela primeira vez. Já que antes dessa idade eu não aceitava a ideia de colocá-lo em um ambiente fechado cheio de gente.

A proposta da viagem como um todo já era bem audaciosa. Seria uma viagem de 30 dias dividida entre frio, muito frio, calor e muito calor. As bagagens carregavam roupas para praia e verão e roupas para neve e inverno. Além de toalha e cobertorzinho (não usaria do hotel para ele), bichinho de pelúcia de estimação, entre outras coisinhas particulares do nosso baby.


(Haja mala!)

Assim que pegamos o primeiro voo, de Belo Horizonte até o Rio de Janeiro, vivenciamos o nosso primeiro desafio. Nosso filho, ao olhar pela janela, se desesperou, chorou e gritou a viagem inteira, pedindo para parar que ele queria descer... queria ir para o chão. Ele suava frio, pois tinha a noção exata de onde estava. Gritava que o avião iria cair, que ele não queria ficar ali, enfim... Olhamos um para o outro e imediatamente pensamos: "imagina no voo internacional?" Tudo que havíamos planejado de estratégia para distraí-lo foi por água abaixo. Em momento algum pensamos que ele poderia ter medo de voar... Naquele momento tivemos que lidar com muitas reações: pessoas morrendo de dó dele, pessoas morrendo de dó de nós, pessoas rindo do desespero dele por saber que estava voando e pessoas torcendo o nariz e nos fuzilando com o olhar. Enfim, a viagem foi rápida... sobrevivemos... mas ficamos apreensivos pelos voos seguintes que seriam bem mais longos.


(Acalmando durante a escala!)

Pegamos o primeiro voo internacional da vida dele, que já estava um pouco mais calmo. Afinal, o outro avião desceu e ele não caiu... Fomos direto para Miami e nesse voo de 8 horas, ele não nos deu trabalho algum. O próximo voo que teríamos que encarar seria de Miami para Los Angeles com 6 horas de duração e Los Angeles para Honolulu com mais 6 Horas. Nesse momento, vivemos uma situação que julgo importante ressaltar, porque sempre estamos sujeitos a imprevistos. Esses voos se deram em janeiro de 2012, logo após o 11 de setembro nos EUA. O esquema de segurança nos aeroportos estava absurdamente criterioso, quase histérico. Para trocar de aeronave de Los Angeles para Honolulu, passamos por uma revista em que meu marido e o meu filho foram encostados na parede com as mãos para cima. Era um procedimento padrão, mas imagina meu filhote, que nem dois anos tinha, sendo revistado pela polícia, na parede com as mãozinhas para cima... inimaginável! Consequentemente, atrasamos para pegar a aeronave, pois a conexão estava apertada. Assim, como demorávamos, a companhia aérea colocou outros passageiros em nossos lugares. Ao chegarmos no avião, não havia assentos livres e queriam nos colocar para fora da aeronave. Meu marido parou lá dentro e disse que só sairia com a polícia, que era falta de respeito e que estávamos com uma criança de colo. A situação era a seguinte: meu marido irredutível, nervoso e discutindo com os comissários, a aeronave parada e eu nosso pequenino naquela confusão sem entender nada. Por fim, retiraram um casal de portugueses que estava em nossos lugares cedidos. Depois dessa loucura, sentamos e seguimos para o tão sonhado Havaí...


(Embarcados, enfim!)

Como nessa altura, o medo de voar já havia sido superado pelo nosso filho, pudemos colocar em prática nossas estratégias de voo, das quais algumas compartilharemos agora como sugestões:

  1. Leve uma mala de mão cheia de brinquedinhos que a criança gosta. Não economize. Crianças cansam rápido das brincadeiras, assim é necessário ter várias opções. Observe a faixa etária e o tempo de concentração do seu filho em cada brincadeira. Leve também papel, lápis de cor e revistinhas para colorir e ler. Desenhos animados podem ser intercalados com as brincadeiras. Crianças mais velhas se distraem com games e similares, caso a aeronave não ofereça estas opções à bordo, é válido levar, porque pode ser a salvação nas longas esperas dos aeroportos.
  2. Leve uma bolsa de guloseimas: balas, chocolates e biscoitos que a criança goste. Além de ajudar na distração, pode suprir uma fome ou uma ansiedade. Durante a decolagem e a descida, tenha algo para mastigar em mãos e dê para a criança. Isso evitará que ela sinta a pressão no ouvido que pode causar dor. Se for bebe, dê leite. Dependendo da idade, a criança não consegue descomprimir o ouvido sozinha. Fico enlouquecida quando vejo crianças chorando, sentindo pressão nos ouvidos nos voos e os pais não fazerem nada. Esse sofrimento é facilmente evitável! Uso muito bala de goma... rsrsrs
  3. Durante o voo, quando o aviso de cinto de segurança estiver livre, caminhe um pouco com a criança. Elas não conseguem ficar sentadas por muito tempo. Mas sempre que estiver sentada, mantenha o cinto de segurança fechado, deixa mais frouxinho e com espaço para a criança ter liberdade, mas deixe-o fechado. Isso é proteção.
  4. Aproveite o momento para conversar com o seu filho. Toda criança se acalma quando é ouvida e tem atenção. A conversa pode ser inclusive educativa, como por exemplo, porque não é legal bater o pezinho na cadeira da frente, porque devemos conversar mais baixo naquele ambiente... Crianças tem curiosidades pelo avião, sane-as.
  5. Tenha trocas de roupas, para frio e calor, acessíveis. Deixe-as de meias para ficarem confortáveis. Evite jeans!
  6. Tenha em mãos uma farmacinha básica prescrita pelo pediatra: analgésico, remédio para enjoo e antitérmico.
  7. Tenha fraldas e pomadas para as trocas e as faça no próprio banheiro do avião que tem um fraldário. Procure usar uma fralda que lhe permita um intervalo maior para troca e brinque com a criança de modo que ela se divirta com aquele momento... No caso do meu filho, ele amou pensar que ele estava tirando o cocô no céu... ele ria muito durante as trocas...
  8. Criança confortável, alimentada, protegida, com atenção e com brinquedos... não dá trabalho e não incomoda ninguém! Choro em avião... Nunca mais!


(Alegria, mesmo depois de 36 horas de viagem!)

Ao final desse voo, um senhor americano, se levantou, aproximou do meu marido e nos parabenizou. Disse que ao nos ver entrar e sentar à sua frente, teve receio por sua tranquilidade na viagem, mas se impressionou como o nosso filho se comportou durante todo o voo. Ficamos realmente muito lisonjeados, mas reconhecemos a nossa dedicação para que isso ocorresse. É muito comum, ao entrarmos com as crianças no avião, as pessoas fazerem cara de que não gostaram, mas é muito bom poder mostrar que existem crianças que sabem se comportar em qualquer ambiente sem deixar de ser criança... Portanto, peguem suas crianças e VIAJEM MUITO!!!
Para embarcar tenham sempre em mãos, além dos passaportes, as identidades das crianças. Casos elas ainda não possuam, podem ser as certidões de nascimento originais ou autenticadas. Atenção a este detalhe! Este procedimento é para segurança das crianças. Portanto, nenhuma criança irá embarcar somente com os passaportes.

Alexandra.

Saiba mais sobre outras reflexões de nossas andanças pelo mundo em nossa página: Destaques


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